terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tecidos Conjuntivos de Sustentação

TECIDO CARTILAGINOSO
O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresentam consistência firme, mas não é rígido como o tecido ósseo. A nutrição das células desse tecido é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente.
A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na orelha externa (pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. No feto, o tecido cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo.
Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do grego chondros, cartilagem, e blastos, “célula jovem”), que produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência de borracha.
















TECIDO ÓSSEO
O tecido ósseo é um tecido conjuntivo bem rígido, encontrado nos ossos do esqueleto dos vertebrados, onde ele é o tecido mais abundante. As células mesenquimatosas indiferenciadas além da capacidade de se mover através dos tecidos, têm o potencial de se dividir rapidamente e se diferenciar em células especializadas do tecido músculo esquelético; como exemplo, em células de cartilagem, osso, tecidos fibrosos densos e músculos. Inúmeros fatores sistêmicos relacionados como a nutrição, com o equilíbrio hormonal ou ainda combinados com outros fatores locais (oxigênio, citocinas, nutrientes e etc), influenciam a proliferação e a diferenciação das células mesenquimatosas.
As células mesenquimatosas indiferenciadas dão origem a vários tipos de células e o processo de diferenciação depende dos estímulos oriundos do meio. É importante realçar que o osso, in natura, possui uma matriz protéica que perfaz respectivamente 70% do volume e 30% do peso do osso; enquanto que a matriz inorgânica, que é formada principalmente pelo fosfato de cálcio, corresponde apenas a 35% do volume e 60% do peso do osso. É conceito primário da física dos materiais que a estrutura de subsistência de qualquer substância, produto, objeto ou do corpo humano é a responsável pela sua resistência e sustentação. Logo, até pelo simples conhecimento da física básica, é possível entender de forma direta e simples, a razão do colágeno ósseo, estrutura de sustentação de vários tecidos humanos, inclusive do osso, estabelecer relação direta entre sua deterioração e o risco de fratura.
Apesar de ser o mais importante componente da matriz mesenquimal óssea, outras proteínas participam do processo de iniciação da mineralização óssea, que corresponde a ligação do componente mineral à matriz protéica. Na fase inicial ocorre um contato íntimo, estreito, da hidroxiapatita com as fibrilas do colágeno, se situando em locais específicos que são denominados de “buracos “ que existem entre as fibrilas que compõem a tri hélice do colágeno.









Osteoblastos
Os osteoblastos são responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz, ou seja, colágeno
tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas. Concentram fosfato de cálcio e participam da mineralização óssea. Quando forma a matriz, ao redor do osteoblasto e que não esta calcificada ainda, chama-se osteóide.








Osteoclastos
São células gigantes, intensamente ramificadas. Elas secretam para dentro da matriz óssea íons de hidrogênio
, colagenases e hidrolases, digerindo a matriz óssea e dissolvendo os cristais de sais de cálcio. A atividade desta célula é comandada pela calcitoninia e paratormônio.

Tecido Muscular




O tecido muscular é constituído por células alongadas, altamente especializadas e dotadas de capacidade contrátil, denominadas fibras musculares. A capacidade de contração das fibras é que proporciona os movimentos dos membros, das vísceras e de outras estruturas do organismo. As células musculares têm nomes específicos para as suas estruturas. Assim, a mbrana plasmática é denominada sarcolema, enquanto o citoplasma é chamado de sarcoplasma. Tipos de tecido muscular
Tecido muscular liso - É constituído por fibras fusiformes dotadas de um núcleo alongado e central. Essas fibras, de contração lenta e involuntária, ocorrem organizando certos músculos, como os do tubo digestivo (esôfago , estômago e intestino) e dos vasos sanguíneos.
Tecido muscular estriado esquelético - Fibras cilíndricas, com centenas de núcleos periféricos, organizam os músculos esqueléticos, que são assim denominados por se acharem ligados ao esqueleto através dos tendões. A contração desse tipo de tecido é rápida e voluntária, como acontece com o bíceps e o tríceps, músculos do braço.



MÚSCULO LISO
As fibras musculares lisas maduras são fusiformes, apresentam um único núcleo de forma ovóide e localizado centralmente na célula.
O músculo liso tem origem mesenquimal e é tambem conhecido como músculo involuntário.
É encontrado nas paredes de vísceras ocas, paredes dos vasos sanguíneos, grandes ductos de glândulas salivares compostas, vias aéreas e em pequenos feixes na derme.
O sarcoplasma nos polos nucleares contém muitas mitocôndrias, moderada quantidade de RER, um bem desenvolvido complexo de Golgi e inclusões do tipo glicogênio.
Cada fibra produz sua própria lâmina externa que consiste de material rico em proteoglicanas e colágeno do tipo III.
Apresenta tambem, uma extensa rede de filamentos delgados e espessos entrelaçados.
Os filamentos delgados são compostos por actina (com sua tropomiosina associada, porem sem troponina) e estão ancorados em corpos densos contendo ?-actinina associados à membrana plasmática, enquanto os filamentos espessos são compostos por miosina.
Os filamentos correm, principalmente, de forma paralela ao longo eixo das fibras musculares, porem eles se sobrepõem em vários graus e se aderem uns aos outros fusionando-se às suas bainhas endomisiais. As bainhas são interrompidas por muitas junções do tipo gap, as quais transmitem as correntes iônicas que iniciam a contração.
A proporção entre filamentos delgados e espessos no músculo liso é de cerca de 12:1. Logo abaixo da membrana celular encontram-se estruturas denominadas cavéolas, que podem representar um esparso retículo sarcoplasmático. Essas vesículas podem ser importantes na liberação e seqüestro de íons calcio.
O mecanismo de contração do músculo liso é uma modificação do mecanismo dos filamentos deslizantes. No início da contração, os filamentos de miosina aparecem e os de actina são puxados em direção e por entre eles.
O deslizamento dos filamentos de actina aproxima os corpos densos levando ao encurtamento da célula. As fibras musculares individuais podem sofrer contrações peristálticas parciais.
Durante o relaxamento, os filamentos de miosina diminuem em número, desintegrando-se em componentes citoplasmáticos solúveis. As fibras musculares lisas são capazes de contração espontânea que pode ser modulada pela inervação autônoma.
Ambas as terminações nervosas, simpática e parassimpática, estão presentes e exercem efeitos antagônicos. Em alguns órgãos, a atividade contrátil é aumentada pelos nervos colinérgicos e diminuída pelos nervos adrenérgicos, enquanto em outras ocorre o oposto.





MÚSCULO ESQUELÉTICO
A unidade do músculo esquelético é a fibra muscular, uma célula cilíndrica, Multinucleada, não ramificada e de origem mesenquimal.
Os núcleos achatados e localizados perifericamente, dispõem-se logo abaixo do sarcolema; a maior parte das organelas e do sarcoplasma localizam-se próximos aos pólos nucleares. O sarcoplasma contém muitas mitocôndrias, grânulos de glicogênio e uma proteína ligadora de oxigênio chamada mioglobina. As fibras musculares maduras não se dividem.
Os músculos esqueléticos apresentam, além das fibras, um tecido conjuntivo de sustentação organizado sob a forma de epimísio, perimísio e endomísio.
O tecido conjuntivo transmite a força de contração, contém fibras nervosas, vasos sanguíneos, linfáticos e são responsáveis pela nutrição das fibras musculares, que se dá por processo de difusão.
Com a microscopia de luz, o músculo esquelético exibe bandas de coloração claras e escuras, alternadas, que correm perpendicularmente ao longo eixo da fibra.
As bandas escuras são conhecidas como Bandas A (anisotrópicas pela luz polarizada) e as bandas claras como Bandas I (isotrópicas pela luz polarizada). O centro de cada banda A é ocupada por uma área pálida conhecida como Banda H, a qual é cortada por uma delgada Linha M. Cada banda I é cortada por uma linha escura chamada de Linha Z. A região da miofibrila entre duas linhas Z sucessivas, conhecida por sarcômero, apresenta 2,5 ?m de comprimento e é considerada como sendo a unidade contrátil das fibras musculares esqueléticas.
Ao nível de microscopia eletrônica, o sarcolema se continua no interior da fibra muscular esquelética por meio de numerosos túbulos T (túbulos transversos), que são longas invaginações tubulares que se interpõem pelas miofibrilas.
Os túbulos T atravessam transversalmente a fibra e localizam-se, em mamíferos, especificamente entre as bandas A e I. Estes túbulos ramificam-se e anastomosam-se mas, geralmente, permanecem num único plano. Assim, cada sarcômero possui dois conjuntos de Túbulos T. Associados a este sistema de túbulos T, está o retículo sarcoplasmático, o qual é mantido em íntimo contato com as bandas A e I como também, com os túbulos T.
Esta estrutura armazena o cálcio intracelular, forma uma rede em torno de cada miofibrila e se dispõe sob a forma de cisternas terminais dilatadas a cada junção A-I.
Assim, duas dessas cisternas estão sempre em íntima aposição a um túbulo T, formando uma tríade, no qual o túbulo T é flanqueado por duas cisternas.
A organização da fibra muscular esquelética mostra filamentos contráteis dispostos longitudinalmente (miofilamentos) que são de dois tipos distintos. Os filamentos delgados contém actina juntamente com troponina e tropomiosina.
Estas últimas, são proteínas que medeiam a regulação da contração por meio dos íons Ca2+. O principal componente do filamento delgado é a actina F, um polímero da actina G. Cada filamento delgado contém dois filamentos de actina F dispostos em dupla hélice.
A tropomiosina é uma longa cadeia polipeptídica enrolada sob a forma de dupla hélice que se localiza nos sulcos da dupla hélice de actina a cada intervalo de sete monômeros de actina G.
A troponina é um complexo de três proteínas globulares: TnT (troponina T), une cada complexo a um sítio específico na molécula de tropomiosina; TnC (troponina C) liga íons cálcio e TnI (troponina I) que inibe a interação entre filamentos delgados e espessos.
Os filamentos espessos contém miosina. A molécula de miosina é formada por uma longa cadeia polipeptídica com a forma de um taco de golfe. Quando tratada pela papaina (uma enzima proteolítica), a molécula de miosina é clivada em 2 peças num local próximo à sua cabeça.
A peça que contém a maior parte do bastão é chamada de meromiosina leve; a cabeça e parte do bastão a ela associado é conhecido por meromiosina pesada. A porção da cabeça da meromiosina pesada tem um sítio de ligação ao ATP e um sítio de ligação à actina, ambos necessários para o processo de contração.
O mecanismo de contração, de acordo com a hipótese dos filamentos deslizantes, é iniciada quando o impulso nervoso é carreado ao longo do axônio do neurônio motor pela chegada do impulso nervoso e a conseqüente despolarização da membrana pré-sináptica, que causa a fusão das vesículas sinápticas com a membrana pré-sináptica e exocitose da acetilcolina na fenda sináptica.
A acetilcolina se liga aos seus receptores na membrana pós-sináptica, provocando a despolarização do sarcolema, dos túbulos T e do retículo sarcoplasmático.
Esses eventos provocam a liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma em torno das miofibrilas. O Ca2+ liga-se à subunidade TnC da troponina modificando sua conformação.
A mudança conformacional na troponina aprofunda a tropomiosima no sulco da actina e libera o seu sítio ativo.
O ATP presente na cabeça da miosina é hidrolizado em ADP e Pi. O Pi é liberado, resultando não somente no aumento da força de ligação entre actina e miosina, mas também na alteração conformacional da cabeça de miosina.

Tecido conjuntivo


O tecido conjuntivo ou tecido conectivo é amplamente distribuído pelo nosso corpo, exercendo várias funções como: preenchimento, sustentação, transporte e defesa.
Os tecidos se originam do mesênquima, que é um tecido embrionário formado por células alongadas, as células mesenquimais. Estas células têm um núcleo oval, com cromatina fina e nucléolo proeminente. As células mesenquimais dão origem também às células do sangue, dos vasos sanguíneos e dos tecidos musculares. Os tecidos conjuntivos são responsáveis pelo estabelecimento e manutenção da forma do corpo. Este papel mecânico é dado por um conjunto de moléculas(matriz) que conecta e liga as células e órgãos, desta maneira, suporte do corpo. Do ponto de vista estrutural, os componentes do tecido conjuntivo podem ser divididos em três classes: células, fibras e substância fundamental. Diferente de outros tecidos que são formados apenas por células(epitelial, muscular e nervoso), o principal constituinte do conjuntivo é matriz extracelular. Substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrofílico de macromoléculas aniônicas(glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas(laminina, fribonectina, entre outras) que se ligam a proteínas receptoras(integrinas) presente na superfície das células bem como a outros componentes da matriz, fornecendo, desse modo, força tênsil e rigidez à matriz. As células do tecido conjuntivo ficam imersas em grande quantidade de substâncias intercelular denomida matriz, ou seja, ficam localizados entre células. Fibras predominantemente colágeno, constituem os tendões, aponeuroses, cápsulas de órgãos, e membranas que envolvem o sistema nervoso central(meningens). As fibras também constituem as trabéculas e paredes que existem dentro de vários órgãos, formando o componente mais resistente do estroma(tecido de sustentação) dos órgãos.

Tecido Epitelial

O tecido epitelial, denominado por epitélio, é formado pelo conjunto de células semelhantes e justapostas, ou seja, uma camada de células coesas entre si, revestindo externamente a estrutura corporal de muitos vertebrados, por exemplo, do ser humano, realizando também a delimitação das cavidades internas, bem como formação dos órgãos e glândulas. Esse tipo de epitélio normalmente possui uma de suas superfícies em contato com o tecido conjuntivo, intermediado pela lâmina basal, fornecendo além de suporte (pois se instala sobre as glicoproteínas), também a nutrição, já que não possui vasos sanguíneos.
Um epitélio ou tecido epitelial é um tecido formado por células justapostas, ou seja, intimamente unidas entre si. Sua principal função é revestir a superfície externa do corpo, os órgãos e as cavidades corporais internas. Os epitélios são caracterizados por serem constituídos de células com diferentes formas (prismáticas, achatadas, etc) e uma ou mais camadas celulares, com pouca ou virtualmente nenhuma matriz extra-celular (fluido intersticial) nem vasos entre elas. É um dos quatro tipos de tecidos básicos no nosso organismo, juntamente com os tecidos conjuntivo, muscular e nervoso.
As células são mantidas unidas através de junções. As principais junções são os desmossomos, zônulas de aderência, zônulas de oclusão ou tight junctions, junções comunicantes ou gap e os hemidesmossomos, que ligam as células epiteliais à lâmina basal. Via de regra, as junções empregam proteínas integrais de membrana, associadas ou não a elementos do citoesqueleto.
As células do tecido epitelial da pele são muito unidas, sendo este epitélio estratificado. Já no revestimento dos órgãos, o tecido não pode ser tão grosso, pois nele há trocas de substâncias.
O tecido epitelial apresente vários tipos de funções, como, proteção, revestimento, absorção, secreção e a proteção da superfície do corpo. O tecido epitelial reveste o corpo humano e suas cavidades. Compõe-se quase exclusivamente de células poliédricas justapostas, ou seja, muito unidas, com pouca ou até nenhuma substância intercelular entre elas, aderidas firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares (estruturas associadas à membrana plasmática das células que contribuem para a coesão e comunicação entre as mesmas) ou por meio de proteínas integrais da membrana (caderinas, que perdem a sua adesividade na ausência de cálcio).
Esse tecido é avascular (não possui vasos sangüíneos), sendo a nutrição de suas células feita a partir do tecido conjuntivo adjacente, por difusão.


Histologia animal

A histologia (do grego: hydton = tecido + logos = estudos) é a ciência que estuda os tecidos biológicos, desde a sua formação (origem), estrutura (tipos diferenciados de células) e funcionamento. Todos os tecidos presentes nos vertebrados adultos são formados a partir de três tipos de folhetos germinativos: endoderma, ectoderma e mesoderma. Cada um desses, durante o desenvolvimento embrionário, é responsável por uma genealogia de células especializadas quanto à forma e função. Nos animais vertebrados há quatro grandes grupos de tecidos: o muscular, o nervoso, o conjuntivo e o epitelial, constituindo subtipos específicos que irão formar os órgãos e sistemas corporais. Por exemplo: O sangue é considerado um tecido conjuntivo, com diversificadas células (as hemácias, os leucócitos e as plaquetas) e o plasma (água, sais minerais e diversas proteínas). Especificação dos tecidos básicos: Epitélio → revestimento da superfície externa do corpo (pele), os órgãos (fígado, pulmão e rins) e as cavidades corporais internas; Conjuntivo → constituído por células e abundante matriz extracelulas, com função de preenchimento, sustentação e transporte de substâncias; Muscular → constituído por células com propriedades contráteis; Nervoso → formado por células que constituem o sistema nervoso central e periférico (o cérebro, a medula espinhal e os nervos).
Alantóide
Alantóide, Anexo embrionário, Saco vitelínico, Répteis, Aves, Mamíferos, Armazenamento de...
Epitélio Glandular
Tecidos glandulares, Secreções, Mucosas, Serosas, Exócrinas, Glândulas salivares, Liquido...
Leucócitos
Leucócitos, Glóbulos brancos, Células nucleadas, Hemácias, Medula óssea, Função imunitária,...
Os Folhetos Germinativos
Folheto germinativo, Tecido embrionário, Tecidos e órgãos, Diblásticos ou diploblásticos,...
Tecido Conjuntivo
Tecido Conjuntivo, característica do Tecido Conjuntivo, origem do tecido conjuntivo, funções do...
Tecido Epitelial
Tecido Epitelial, tecido designa todo o conjunto, caracterísitica do tecido epitelial, origem do...
Tecido Muscular
Tecido Muscular, característica essencial do tecido muscular, a origem das células do tecido...
Tecido Nervoso
Tecido nervoso, origem do tecido nervoso, os principais componentes celulares do tecido nervoso,...
Tecido ósseo
Tecido, ósseo, osso, sustentação, proteção, alavanca, sistema, fibra, colágeno, vaso, sanguíneo,...
Tipos de Cartilagem
Cartilagem, Tecido conjuntivo, Condrócitos, Matriz extracelular, Fibras elásticas, Fibras... Tipos de óvulo Óvulos, Distribuição de vitelo, Reserva energética, Segmentação, Clivagem, Zigoto, Isolécito,...

Tecido Nervoso

O tecido nervoso é formado por neurônios e células de sustentação, conhecidas como neuroglia. As células nervosas são altamente especializadas e tem como função a transmissão do impulso nervoso e, desta forma, auxiliar na integração e coordenação dos sistemas orgânicos.

Tipos de Neurônio
De acordo com suas funções na condução dos impulsos, os neurônios podem ser classificados em:

1. Neurônios receptores ou sensitivos (aferentes): são os que recebem estímulos sensoriais e conduzem o impulso nervoso ao sistema nervoso central.
2. Neurônios motores ou efetuadores (eferentes): transmitem os impulsos motores (respostas ao estímulo).
3. Neurônios associativos ou interneurônios: estabelecem ligações entre os neurônios receptores e os neurônios motores.




Células da Glia (neuroglia)

As células da neuróglia cumprem a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. Há diversos tipos celulares, distintos quanto à morfologia, a origem embrionária e às funções que exercem. Distinguem-se, entre elas, os astrócitos, oligodendrocitos e micróglia. Têm formas estreladas e prolongações que envolvem as diferentes estruturas do tecido.


Sinapses
Sinapse é um tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser elétricas ou químicas (maioria).






Sinapses elétricas
As sinapses elétricas, mais simples e evolutivamente antigas, permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. Ocorrem em sítios especializados denominados junções gap ou junções comunicantes. Nesses tipos de junções as membranas pré-sinápticas (do axônio - transmissoras do impulso nervoso) e pós-sinápticas (do dendrito ou corpo celular - receptoras do impulso nervoso) estão separadas por apenas 3 nm. Essa estreita fenda é ainda atravessada por proteínas especiais denominadas conexinas. Seis conexinas reunidas formam um canal denominado conexon, o qual permite que íons passem diretamente do citoplasma de uma célula para o de outra. A maioria das junções gap permite que a corrente iônica passe adequadamente em ambos os sentidos, sendo desta forma, bidirecionais.
Em invertebrados, as sinapses elétricas são comumente encontradas em circuitos neuronais que medeiam respostas de fuga. Em mamíferos adultos, esses tipos de sinapses são raras, ocorrendo freqüentemente entre neurônios nos estágios iniciais da embriogênese.




Neurotransmissores
A maioria dos neurotransmissores situa-se em três categorias: aminoácidos, aminas e peptídeos. Os neurotransmissores aminoácidos e aminas são pequenas moléculas orgânicas com pelo menos um átomo de nitrogênio, armazenadas e liberadas em vesículas sinápticas. Sua síntese ocorre no terminal axonal a partir de precursores metabólicos ali presentes. As enzimas envolvidas na síntese de tais neurotransmissores são produzidas no soma (corpo celular do neurônio) e transportadas até o terminal axonal e, neste local, rapidamente dirigem a síntese desses mediadores químicos. Uma vez sintetizados, os neurotransmissores aminoácidos e aminas são levados para as vesículas sinápticas que liberam seus conteúdos por exocitose. Nesse processo, a membrana da vesícula funde-se com a membrana pré-sináptica, permitindo que os conteúdos sejam liberados. A membrana vesicular é posteriormente recuperada por endocitose e a vesícula reciclada é recarregada com neurotransmissores.
Os neurotransmissores peptídeos constituem-se de grandes moléculas armazenadas e liberadas em grânulos secretores. A síntese dos neurotransmissores peptídicos ocorre no retículo endoplasmático rugoso do soma. Após serem sintetizados, são clivados no complexo de golgi, transformando-se em neurotransmissores ativos, que são secretados em grânulos secretores e transportados ao terminal axonal (transporte anterógrado) para serem liberados na fenda sináptica.
Diferentes neurônios no SNC liberam também diferentes neurotransmissores. A transmissão sináptica rápida na maioria das sinapses do SNC é mediada pelos neurotransmissores aminoácidos glutamato (GLU), gama-aminobutírico (GABA) e glicina (GLI). A amina acetilcolina medeia a transmissão sináptica rápida em todas as junções neuromusculares. As formas mais lentas de transmissão sináptica no SNC e na periferia são mediadas por neurotransmissores das três categorias.
O glutamato e a glicina estão entre os 20 aminoácidos que constituem os blocos construtores das proteínas. Conseqüentemente, são abundantes em todas as células do corpo. Em contraste, o GABA e as aminas são produzidos apenas pelos neurônios que os liberam.
O mediador químico adrenalina, além de servir como neurotransmissor no encéfalo, também é liberado pela glândula adrenal para a circulação sangüínea.
Abaixo são citadas as funções específicas de alguns neurotransmissores.
· endorfinas e encefalinas: bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésicos.
· dopamina: neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações de satisfação e prazer. Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em três subgrupos com diferentes funções. O primeiro grupo regula os movimentos: uma deficiência de dopamina neste sistema provoca a doença de Parkinson, caracterizada por tremuras, inflexibilidade, e outras desordens motoras, e em fases avançadas pode verificar-se demência. O segundo grupo, o mesolímbico, funciona na regulação do comportamento emocional. O terceiro grupo, o mesocortical, projeta-se apenas para o córtex pré-frontal. Esta área do córtex está envolvida em várias funções cognitivas, memória, planejamento de comportamento e pensamento abstrato, assim como em aspectos emocionais, especialmente relacionados com o stress. Distúrbios nos dois últimos sistemas estão associados com a esquizofrenia.

Tecidos Conjuntivos Líquidos - Sangue



O sangue é um tecido conjuntivo líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados. O sangue é produzido na medula ossea vermelha e tem como função a manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, toxinas (metabólitos), oxigênio e gás carbônico. O sangue é constituído por diversos tipos de células (ocasionalmente chamadas de corpúsculos); esses elementos figurados (ou formadores) constituem a parte "sólida" do sangue e cerca de 45% de volume total. São dividos em Leucócitos ou Glóbulos Brancos (células de defesa), Glóbulos vermelhos, eritrócitos ou Hemácias (transporte de Oxigênio) e Plaquetas (fatores de coagulação sanguínea).

Origem da vida

Os aspectos científicos constituem um ramo pluridisciplinar da ciência, a Evolução Química, que envolve, além da Química e da Biologia, conhecimentos de Física, Astronomia e Geologia. Denomina-se Evolução Química o estudo dos processos que teriam permitido aos elementos químicos que compõem os organismos atingirem o grau de organização estrutural e funcional que caracteriza a matéria viva. O fato de que estes processos requerem condições determinadas, que só podem ocorrer em locais específicos do universo, conecta o estudo da origem da vida à Astrobiologia. Os modelos propostos para a origem da vida são tentativas de recriar a história desta evolução e é importante destacar que não existe, na maioria das etapas deste processo, nenhum consenso entre os cientistas.